Atrapalhado coração
Tocas-te meu coração, jovem senhor. Pena que ele – o coração, medroso e confuso – não posso mostrar-te.
Creio que o tenha perdido por aí – na verdade, ele fugiu de mim, admito – e recusa-se a voltar. Desejo-o de volta, mas talvez não o suficiente, aquele coração mentiroso.
Contudo, meu caro, e mesmo a distância, ele sentiu algo. Veio me dizer, pé por pé, com medo de que eu o tomasse de volta ao meu peito, que havia no senhor o que eu precisava.
Perdoai – eu gritei, esperneei, mandei o coração embora, escorraçado, desmantelado.
- Não é ele, cego coração, não és o senhor, jovem e caro. Não o amo, nem posso amar-te.
Fechei os olhos – frágil, desiludida – mais cega que o coração. Fingindo estar certa; ele errado. Cometendo mais erros do que era necessário.
Creio que o tenha perdido por aí – na verdade, ele fugiu de mim, admito – e recusa-se a voltar. Desejo-o de volta, mas talvez não o suficiente, aquele coração mentiroso.
Contudo, meu caro, e mesmo a distância, ele sentiu algo. Veio me dizer, pé por pé, com medo de que eu o tomasse de volta ao meu peito, que havia no senhor o que eu precisava.
Perdoai – eu gritei, esperneei, mandei o coração embora, escorraçado, desmantelado.
- Não é ele, cego coração, não és o senhor, jovem e caro. Não o amo, nem posso amar-te.
Fechei os olhos – frágil, desiludida – mais cega que o coração. Fingindo estar certa; ele errado. Cometendo mais erros do que era necessário.
Djenifer Bencke da Silva
http://seventeensecondss.wordpress.com
djeniferbs@gmail.com
Santiago, RS
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