O Delrey

Um pouco por nostalgia, outro tanto por segurança, e certamente por sua confiabilidade e conforto, gosto muito de carros antigos. Sou atualmente proprietário de um DELREY Guia, ano 88, com 356 118 Km rodados e pronto para rodar outros tantos. Já tive outro da mesma linha, mas cometi a besteira de vendê-lo, trocando-o por um modelo mais moderno, com maisvelocidade, mais aparência, não deu outra, fomos assaltados, levaram o carro, sumindo na mesma proporção do pique de seu velocímetro. Se fosse o Delrey, não haveria problema, ninguém quer.
      Nas estradas, os motoristas desse tipo carro sempre levam vantagem, se for uma raridade,bem cuidado e polido, os demais dão passagem só para admirá-lo, já no meu caso, eles fazem o mesmo, porém com outro cuidado:
     - Lá vem um velho num DELREY, é um perigo, vou deixar ultrapassar.
      Esses condutores é que não sabem, mas esse modelo já vem com quase todos os itens de     um automóvel moderno, são elétricos os vidros, também a tampado amplo porta-malas, sinalizador de portas abertas, relógio digital, etc..., a parte da lataria, se bem cuidada, não enferruja nunca, também não há motivo para gastos com troca de dois em dois anos, e agora a maior vantagem de todas: qualquer mecânico conserta.
     No estacionamento em uma festa, por exemplo, podem notar, os olharesvoltar-se-ão pri-meiro para os automóveis mais antigos, depois para os demais, já que estes últimos tornaram-se comuns. Acostumei-me com as pessoas nos observando, porém dia desses ocorreu um fato que me deixou intrigado.
     Estou estacionando em frente de uma loja, lá no centro, quando ouvi o seguinte diálogo entre duas belas garotas:
     - Até que não é tão velho... – Disse a primeira.
     E a outra completou:
     - O CARRO.
    Não entendi bem o porquê, mas em todo caso...

Paulo Walmir Assunção Vargas
pwargas@hotmail.com
São Leopoldo - RS




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